Conforme a
ESPM (2015), o setor de franquias é um dos mais dinâmicos do país, tendo
apresentado de 2001 a 2013 um crescimento superior ao Produto Interno Bruto
(PIB). Em 2013 houve crescimento do PIB de 2,5%, enquanto o faturamento das
franquias cresceu 11,9% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 115,6
bilhões. Tal desempenho alavancou o Brasil para a sexta posição no ranking de
países com o maior número de franquias, com 114.409 unidades. À frente estão:
Estados Unidos, China, Corei do Sul, Japão e Filipinas.
Conforme
estudo da ABF - Associação Brasileira de Franchising (2014), a força do setor é
bem representada pela internacionalização de franquias brasileiras e suas
marcas que cresceram cerca de 62% nos últimos quatro anos, elevando a
participação do franchising nacional no exterior de 68 para 105 redes de
franquias presentes em 45 países.
Os principais
mercados de destino são Portugal e Estados Unidos, seguidos por Paraguai e
Angola, sendo notória a preferência de franquias brasileiras por se alocarem em
países que possuam o mesmo idioma, proximidade cultural e geográfica e a
presença de brasileiros.
Conforme
a revista PIB (2014), cabe ao franqueado local trazer para o empreendimento o
investimento inicial, o conhecimento da cultura e do ambiente de negócios do
mercado a ser conquistado, exigindo um longo aprendizado para uma empresa
entrante. Assegura-se que a mola propulsora para a expansão das franquias
deriva da ascensão da classe média que tem corrido nos últimos anos referente
aos países da América latina, associado a esse fato, há também o parentesco
cultural entre os países da região, bem como a proximidade dos idiomas e a
similaridade de hábitos e gostos dos consumidores.
A
proximidade cultural costuma ser um atrativo considerável para que as empresas
ingressem inicialmente no mercado externo, ajudando a vencer o medo do
desconhecido que desestimula os negócios brasileiros no mundo. Assim é possível
amenizar os impactos da chegada da empresa em um novo país, bem como propicia
uma sensação de conforto.
Fonte:
-Revista ESPM 2015 páginas 112 a 118
-Revista PIB 2014 páginas 40 a 51