terça-feira, 6 de novembro de 2018

1.2 Formas de internacionalização




Cateora, Gilly e Graham (2013) asseguram que relativamente à decisão de ingressar em um novo mercado, a utilização de processos e sistemas de planejamento incentiva o tomador de decisões a considerar todas as variáveis que interferem no sucesso de uma empresa.  Além disso, oferece uma base que permite visualizar todos os mercados de um ou mais países e suas inter-relações como unidade global integrada. Desse modo, torna-se possível definir a forma de entrada quando se possui informações geradas no processo de planejamento e escolha do mercado externo. Considera-se a escolha da forma de entrada uma das decisões mais críticas da empresa, pois definirá as operações e afetará as decisões posteriores a respeito desse mercado.
Segundo Kotabe e Helsen (2000), a escolha da estratégia de internacionalização está associada a uma série de critérios internos e externos, como: a estrutura local, estrutura externa, exigências governamentais, riscos presentes no país de entrada e condições competitivas do ambiente. A estrutura local refere-se às condições específicas da empresa, como: objetivos, ativos, recursos disponíveis, competências, flexibilidade e necessidade de controle. Desse modo, a escolha da estratégia elegida estará diretamente ligada ao setor de atuação da organização, da disponibilidade dos recursos, do posicionamento competitivo, dos limites do mercado em que a empresa atua, da obtenção de experiência estratégica, operacional e de tecnologia, da manutenção, fortalecimento e ampliação da empresa em outros mercados.
Os critérios externos relacionam-se de modo específico ao ambiente em que a empresa irá atuar, devendo-se considerar também o mercado em que ela atua. Por conseguinte, o modo de entrada de uma empresa no mercado externo está ligado à habilidades, competências, versatilidade, disponibilidade de recursos, dentre outros fatores (KOTABLE; HELSEN, 2000).
Complementarmente Leersnyder (1986) afirma que os modos de entrada são baseados no grau de comprometimento nos mercados externos, medido através do nível de investimento e gastos com recursos, bem como pela relação de controle sobre as transações internacionais.
Relativamente á disponibilidade de recursos, Cateora, Gilly e Graham (2013) garantem que as diferentes formas de entrada podem ser eleitas conforme as exigências financeiras ou não-financeiras. Afirmam que a quantidade de recursos financeiros que a empresa precisa empregar para utilizar determinada forma de entrada afeta o risco, o retorno e a supervisão de cada entrada.Os autores explicam a afirmação comparando a exportação (direta e indireta) e investimento direto no exterior.
No caso da exportação indireta, não há exigência de investimento de capital, o risco torna-se pequeno com a taxa de retorno e o nível de supervisão proporcionalmente baixos. A exportação indireta normalmente implica na venda para um comprador no país de origem, que por sua vez, exporta o produto. Esses clientes podem ser grandes varejistas, distribuidores, atacadistas, trading companies ou outras empresas que compram produtos para atender a clientes no exterior.
Já na exportação direta,os autores afirmam que a empresa vende para um cliente em outro país, sendo esse o método mais comumente empregado por empresas iniciantes no mercado internacional devido aos riscos mínimos de perda financeira. Comparando a exportação com o investimento direto no exterior, o último exige mais capital e apresenta maiores riscos, exigindo maior nível de supervisão, embora proporcione altos níveis de retorno.
Kotler (2000) assegura quando uma empresa decide ingressar em um determinado país, é preciso definir estrategicamente a melhor forma de fazê-lo. O autor considera que os principais métodos de entrada são: exportação indireta, exportação direta, licenciamento, joint-ventures e investimentos diretos. As estratégias de ingresso no mercado externo representam o envolvimento potencial de comprometimento, risco, controle e lucro.
Assim, as empresas alteram gradualmente seus modos de entrada, na medida em que  obtêm um maior controle das operações. Desse modo, quando os seus conhecimentos e experiências se ampliam as empresas passam a envolver-se em operações que exigem maior controle e apresentam maiores riscos.

Contextualizar-se-á, nas próximas postagens, de forma resumida os principais modos de entrada utilizados pelas empresas para o ingresso no mercado externo.


REFERÊNCIAS

CATEORA, Philip R.; GILLY, Mary C.; GRAHAM, John L.. Marketing internacional. 15. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. p. 343-348. Disponível em: http://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551464/pages/97003099. Acesso em: 10/10/2015.

KOTABE, M.; HELSEN, K. Administração de Marketing Global. São Paulo: Atlas: Prentice Hall, 2000.



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